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Exatos três anos depois de suas primeiras unidades estrearem as linhas de produção da fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP), o Hyundai HB20 sofre sua primeira reestilização. O objetivo é não perder o embalo e se manter no alto do ranking de vendas (atualmente ocupa o quarto lugar no ranking geral e o terceiro na categoria, perdendo apenas para Fiat Palio e Chevrolet Onix). A renovação teve quatro objetivos principais, segundo a marca: atualizar design, aumentar oferta de equipamentos, reduzir consumo e melhorar acabamento. O modelo chega às concessionárias no início de outubro.

Externamente, a principal novidade de estilo desse novo HB20 está na grade trapezoidal com moldura cromada – como a do recém-lançado ix35. Além disso, ele ganhou LEDs diurnos (na versão topo de linha), novas luzes de neblina com cromados, novas rodas e lanternas (cujo desenho não muda, mas os arranjos de luzes são diferentes e a lente é mais clara em algumas versões). Ainda na traseira, o para-choque mudou para reduzir danos em impactos de baixa velocidade (fazendo o carro crescer 2 cm) e os emblemas são novos. Há também inéditas opções de cor para a carroceria – Prata Sand e Bronze Terra –, que se somam às atuais prata, cinza, preto, branco e azul.

Internamente, o que mudou foi principalmente a oferta de equipamentos (que aumentou, deixando o carro mais caro). A configuração topo de linha Premium passa a ter ar-condicionado digital, retrovisores com rebatimento elétrico e airbags laterais, além de pacote opcional de couro marrom (bancos, portas, acabamento da alavanca do câmbio). Para completar, desde a versão de entrada Comfort ele tem agora retrovisores elétricos de série; a intermediária Comfort Style ganha vidros com subida e descida um toque e anti-esmagamento. Há também novos tecidos nos bancos em todas as configurações, novos cromados e detalhes em black piano no acabamento.

O sistema de som blueAudio, com novo design e conexões bluetooth e USB, passa a ser de série em todas as versões do hatch. Já a central multimídia blueMedia, opcional, é capaz de espelhar aplicativos de celulares (das marcas LG e Samsung) como o Waze, o Google Maps e rádios de internet na tela do carro – que passam a ser controlado por toques ali mesmo. Essa central é compatível também com o Apple CarPhone, e funciona inclusive com os comandos de voz (Siri) – mas apenas em 2016 e para iPhone 5 ou superior.

E não se trata só de uma atualização visual. A mecânica também tem algumas novidades interessantes (e necessárias). A resposta às queixas dos clientes acarretou na adoção daquilo que o HB20 mais precisava: uma transmissão automática moderna, com seis velocidades e trocas sequenciais – no lugar da ultrapassada quatro marchas, que “matava” o motor, prejudicando não só o desempenho, mas também o consumo. E o benefício da sexta marcha chega também à versão 1.6 com câmbio manual, reduzindo ruído e consumo no uso rodoviário (melhorou de 9,3/13 km/l com etanol/gasolina, para 9,9/13,8 km/l) e no urbano (de 7,7/11,5 km/l com etanol/gasolina para 8,1 e 11,6 km/l). Agora o hatch 1.6 tem também nota A (Inmetro) em sua categoria. Os dados de consumo da versão automática também melhoraram – mas continuam não sendo divulgados pela marca.

Nos motores, as versões 1.0 e 1.6 ainda ganharam novas velas em iridium, anéis e pistões de vedação e outras modificações técnicas para melhorar o consumo. Além disso, o motor 1.6 enfim aposentou o tanquinho de partida a frio. Com essas mudanças, o consumo do 1.0 melhorou 6%, mantendo a nota A no Programa de Etiquetagem (com etanol passou de 8,3 para 8,5 km/l na cidade e de 9,8 para 9,9 km/l na estrada; com gasolina foi de 11,8 para 12,5 km/l na cidade e de 14 para 14,1 km/l na estrada). A marca já trabalha em um novo motor 1.0 turbo para o HB20, mas ele ainda deve demorar a chegar.

Pena que uma outra mudança que era necessária não veio agora, pois exigiria da marca um investimento maior: a adoção da direção elétrica. O sistema hidráulico atual, defasado em relação à parte da concorrência, é menos leve para manobras e um pouco impreciso, mas continua como única opção. Também faz  bastante falta, principalmente nas versões mais caras, considerando seus preços elevados, um piloto automático, muito útil nas grandes cidades cheias de radares (e já oferecido por boa parte da concorrência).

De qualquer modo, as novidades são interessantes e devem manter o modelo no pódio de vendas por mais um bom tempo.

PREÇOS E VERSÕES

As versões continuam as mesmas, mas os preços subiram. Confira:

Comfort 1.0 – R$ 38.995 (antigo R$ 38.495)

Ganhou vidros elétricos dianteiros, travas elétricas e novos tecidos. 

Comfort Plus 1.0 – R$ 42.595 (antigo R$ 39.995)

Ganha calotas de 15”, retrovisores elétricos com repetidores de seta, novos tecidos e coluna B preta. 

Comfort Style 1.0 – R$ 46.345 (antigo R$ 42.735)

Ganhou rodas de liga de 15″, quatro vidros um toque com comando na chave, nova lanterna “clear type”, faróis de neblina com projetores

Comfort Plus 1.6 – R$ 48.745 (antigo R$ 45.235)

Mesmas novidades da 1.0

Comfort Plus 1.6 AT – R$ 52.745 (antigo R$ 48.595)

Mesmas novidades acima e câmbio automático novo.

Comfort Style 1.6 – R$ 51.845 (antigo: R$ 48.105)

Mesmas novidades da  1.0 Comfort Style e nova transmissão de 6 marchas.

Comfort Style 1.6 AT – R$ 55.845 (antigo: R$ 51.465)

Mesmas novidades acima, mas com câmbio automático.

Premium 1.6 AT – R$ 59.445 (antigo: R$ 53.355)

Novidades dos demais, mais novo farol com LEDs de circulação diurna (“light guide”), airbags laterais, retrovisores com rebatimento elétrico e ar-condicionado digital.

OPCIONAIS exclusivos dessa versão Premium:

+banco de couro (R$ 1.590) = R$ 61.035 (era R$ 54.945)

+blueMedia (R$ 2.500) = R$ 63.535

MOTOR SHOW está saindo para o test-drive do modelo e publica sua avaliação na edição de outubro, em breve nas bancas. Já podemos adiantar que, ao volante,  a agilidade do modelo deve aumentar, principalmente na versão automática. Além de reduzir o consumo, a nova transmissão de seis velocidades deve, no uso rodoviário as reduções, tornar as trocas  mais suaves e menos frequentes, melhorando bastante o conforto ao rodar. Já a manual de seis marchas vai servir, principalmente, para reduzir rotação e ruído – diminuindo a rotação do motor em alta velocidade.